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Tempo de Leitura: 2 minutos

Pouco se discute sobre metas de indicadores, geralmente o único conselho para a meta é “não coloque um número inalcançável”. E realmente é um conselho muito válido, mas não é a única coisa a se considerar.

Segundo a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ, 2008), metas são níveis de desempenho pretendidos para determinado período de tempo. Apesar de meta se tratar de um número ou objetivo exato, sua definição teórica é totalmente subjetiva, pois está totalmente relacionada a onde queremos chegar. Portanto, há alguns conceitos que podemos usar para estabelecê-las.

A meta tem que ter coerência!

Quando é muito alta, ela é desprezada pela equipe, já que “nem adianta, nós nunca conseguiremos atingir esse número” e quando ela é muito baixa, não estimula a melhoria alguma, “do jeito que estamos fazendo já dá pra alcançar”. Logo, a meta tem que ter um equilíbrio entre o executável e conquistável.

A referenciação por benchmark sugere algo mais concreto para as métricas, visualizar os números conquistados por outras empresas do mesmo segmento, ou de segmentos diferentes que possuem as mesmas práticas, pode trazer um significado maior para aquele número. Afinal, se tal empresa consegue aquele determinado número, por que você não conseguiria?

É necessário também considerar as partes interessadas, sócios, líderes, acionistas, pois estes, também criam expectativas em relação ao resultado.

Mas o que garante que se eu analisar todos esses fatores eu estabelecerei uma meta no equilíbrio adequado?

O fator de desempenho histórico. Mensurar a tendência atual, ou seja, qual seu nível de resultado até hoje, fará com que você estabeleça uma meta possível e capaz de impor melhorias.

Exemplo: o tempo médio de elaboração de um documento em uma organização é 4 dias. Após levantar os dados do mercado, referenciais, e assim por diante, descobriu que uma empresa concorrente consegue a média de 3 horas. Se você implantar a meta de 3 horas imediatamente, você vai desencorajar sua equipe, já que a mudança é muito drástica. E mesmo que você estabeleça uma mudança no processo, tem o tempo de absorção de informações da equipe que você deve considerar. Faça metas intermediárias até alcançar a sua missão, onde suponhamos que em 3 meses você quer chegar a 3 dias de tempo médio, e assim por diante até chegar nas 3 horas que é a missão.

Em síntese, uma boa meta deve considerar 3 fatores: pretensão humana, desempenho histórico, referenciais e requisitos das partes interessadas.

Nem todos os indicadores são necessários para a sua empresa!

Outro ponto de análise são os próprios indicadores. Equipes tendem a ficar desmotivadas quando tem que bater metas de indicadores desnecessários e sem sentido. Para evitar este erro, uma organização deve averiguar a funcionalidade de um indicador para entender a sua real necessidade. As vezes em uma análise aprofundada, se descobre que existem metas para coisas que não fazem sentido e não implicam em resultados relevantes para a organização.

Para isto temos um texto que explica como sua organização pode evitar o erro de medir indicadores desnecessários. Para acessar o texto, clique aqui.

Referência:

PAVANI e SUCUCUGLIA, Mapeamento e Gestão por Processos – BPM. Gestão orientada a entrega por meio de objetos. M. Books do Brasil – São Paulo, 2011. 

Monise Carla Bueno

Editora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Totalmente apaixonada por qualidade, marketing e Adventure Time. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook , Google+ e Linkedin.