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Tempo de Leitura: 2 minutos

O livro “Sonho grande”, da jornalista Cristiane Correa, conta a sensacional história de três empresários que vão ficar na história do capitalismo brasileiro.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira são os lendários empreendedores que há 40 anos investem em negócios tão diversos como Banco Garantia, cervejaria AB Inbev (surgida da fusão entre a belga Interbrew e a brasileira Ambev), Heinz (comprada por US$ 28 bilhões e considerada a maior transação da história do setor de alimentos) e Burger King, entre outras. Empresas que, juntas, valem mais de US$ 160 bilhões.

Lemann foi quem iniciou a jornada, no início dos anos 1970, ao reunir jovens fanáticos por trabalho e transformar uma pequena corretora (o Banco Garantia) em uma das maiores empresas de investimento do mundo. O resto é história.

O livro conta em detalhes os bastidores dos negócios bilionários e de como o trio lidava com pessoas. Foram quase cem entrevistados (nenhum dos três deu entrevista), entre eles Warren Buffett, sócio do grupo na Heinz.

O que salta aos olhos é a visão de negócio aguçada e ímpar que o grupo teve e como pensaram em perpetuar a empresa e criar uma cultura baseada na meritocracia.

Jim Collins, autor do livro “Feitas para durar”, assina o prefácio do livro e elenca as 10 principais lições aprendidas com Lemann, Telles e Sicupira:

1) Invista sempre – e acima de tudo – nas pessoas.

2) Sustente o impulso com um grande sonho.

3) Crie uma cultura meritocrática com incentivos alinhados.

4) Você pode exportar uma ótima cultura para setores e geografias amplamente divergentes.

5) Concentre-se em criar algo grande, não em “administrar dinheiro”.

6) A simplicidade tem magia e genialidade.

7) É bom ser fanático.

8) Disciplina e calma (não velocidade) são a chave do sucesso em momentos difíceis.

9) Um conselho de administração forte e disciplinado pode ser um ativo estratégico poderoso.

10) Busque conselhos e professores, e conecte-os entre si.

Agindo desta forma, o trio conquistou fortuna e deixou dezenas de pessoas ricas pelo caminho.

Em todos os negócios que investiram, a receita era a mesma: meritocracia, controle inclemente de custos, trabalho duro e uma dose de pressão que nem todos podem aguentar. Nada de mordomias ou símbolos de status.

“Quem era bom subia. Quem não era invariavelmente se tornava tema da chamada ‘reunião da fumacinha’, como era conhecido o encontro anual dos sócios para determinar aqueles que seriam demitidos – a praxe era dispensar anualmente cerca de 10% do quadro”, diz um trecho do livro.

Para eles, uma empresa vencedora tem de recrutar gente boa, preservar sempre a meritocracia e dividir o sucesso com os melhores.