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Tempo de Leitura: 3 minutos

O motivo do espanto? Os riscos e como eles impactam na rotina de forma recorrente. No artigo de hoje vou falar sobre os riscos aos quais você está sujeito e muitas vezes não sabe. Ou até tem conhecimento, mas não tem noção da dimensão em que se encontram.

O que é o risco, afinal?

Em uma definição formal, risco pode ser visto como:

“Probabilidade de insucesso de determinado empreendimento, em função de um acontecimento eventual, incerto, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados.”

É claro que ninguém quer correr riscos. O que acontece, em alguns casos, é que o empresário “subestima” o risco porque na realidade ainda não sofreu alguma consequência negativa em decorrência dele. Então, ele passa a acreditar que “em time que está ganhando não se mexe”.

Porém, o que não podemos esquecer é que um planejamento é feito para saber como chegar a algum lugar, certo?  Mas tão importante quanto saber os objetivos da empresa, é saber o que fazer para que o trem não saia dos trilhos impossibilitando ou atrasando o caminho até o destino.

Não vou mentir: da nossa parte tem um certo espanto também. Nada que nos intimide a resolver o problema ou os problemas, afinal, estamos aqui pra isso.

Mas é no mínimo um paradoxo: a contabilidade existe para – dentre muitas outras funções – fazer com que seu cliente tenha uma saúde financeira e fiscal estável, prevenindo falhas e garantindo o sucesso do seu negócio e, no seu próprio escritório, os empresários não tem essa cultura. Ou seja, casa de ferreiro…

Quais são os principais riscos encontrados nos escritórios de contabilidade?

Os riscos são classificados em quatro tipos, são eles:

  • Riscos de macroambiente: são os que contemplam questões políticas, econômicas, naturais, sociais, etc.
  • Riscos de mercado: os que estão ligados a concorrentes, clientes e fornecedores
  • Riscos do financeiro: riscos legais, tributários ou de crédito
  • Riscos operacionais: os que envolvem falhas humanas, processos inadequados, falhas de sistemas por falta de manutenção, etc.

Nossa experiência com esse tipo de negócio mostra que os principais riscos encontrados estão muito mais ligados a fatores internos do que externos. Veja abaixo alguns exemplos:

  • Extravio de documentos dos clientes;
  • Perda de algum prazo para envio de obrigações;
  • Mudanças constantes na legislação;
  • Concorrentes com presença online; etc

São inúmeros os possíveis riscos para sua empresa, estes são apenas alguns exemplos. Com exceção do último, os demais estão diretamente ligados a organização interna.

A partir do momento em que se coloca isso no papel, fica muito mais fácil ter uma noção dos mínimos erros do dia a dia e uma visão macro de como eles afetam diretamente o que você mais precisa para sua empresa sobreviver: seus clientes.

Numa sequência dos riscos encontrados, é importante e essencial destacar quais são as consequências de cada um deles, só assim o poder de ação aumentará.

 

Em consequência dos riscos apresentados acima, temos, na mesma ordem:

  • Retrabalho dos processos que envolvem tais documentos e perda de confiança do cliente;
  • Pagamento de multa por atraso;
  • Falhas na confecção de obrigações principais e acessórias por falta de atenção às mudanças;
  • Perda de clientes para a concorrência que está ativa na internet; etc.

Fica claro que, todas as pequenas falhas da rotina, no fim das contas podem ter um impacto enorme na empresa e em tudo que ela precisa fazer para sobreviver, desenvolver ou crescer no mercado.

Por isso é altamente recomendável que as empresas adotem uma cultura de gestão de riscos e olhem atentamente para seus processos, pois sempre haverá algum ponto a acrescentar com o objetivo de diminuir a possibilidade do risco se concretizar. Para o gerenciamento de riscos ser bem feito, é essencial que se utilize alguma ferramenta que vai te dar esse panorama. Esse artigo traz algumas opções de ferramentas da qualidade que são uma mão na roda para os gestores!

Após ter em mente quais são as características que representam riscos e quais são as consequências desses riscos, é hora de fazer uma análise mais detalhada acrescentando fatores como:

  • Com qual frequência cada uma delas acontece?
  • Quão grave isso é numa escala de zero a dez?
  • Qual será a ação sobre esse risco: aceitar ou eliminar?

Se a ação apontada for a de eliminar, descreva quais atitudes serão tomadas e quais atividades serão feitas para a eliminação definitiva de cada um dos riscos, seguido de quem o fará e – muito importante – quando fará. Com tudo isso em mãos, você terá um mapa traçado de como lidar com os riscos e quais departamentos e processos estarão envolvidos, além de conseguir identificar se serão necessários recursos financeiros para tal.

Em resumo, o que quero dizer nesse artigo é que não é fácil administrar um negócio e prestar um serviço de qualidade que é vital para seus clientes, mas olhar estrategicamente e fazer uso de ferramentas que só tem a agregar nesse sentido tornam o caminho menos tortuoso e imprevisível.

Amanda Oliveira

Executiva de Contas na Templum Consultoria