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Tempo de Leitura: 3 minutos

Neste post, você vai ver:

  1. O desperdício de alimentos no mundo
  2. O que isso tem a ver com a sua empresa
  3. Custos da qualidade
  4. Empresas que atingem o sucesso X empresas que ficam para trás

O desperdício de alimentos no mundo

Mas antes de dar o salto, há algo que você deve saber: um grande número das empresas declara falência nos primeiros dois anos de funcionamento. Não pela falta de mercado, mas pela falta de planejamento e perdas excessivas decorrentes de deficiências na qualidade dos produtos e na produção de alimentos.

Na cadeia produtiva de alimentos, as perdas e os desperdícios ocorrem ao longo de todas as fases da produção, desde o cultivo, transporte, industrialização e armazenamento até chegar à mesa do consumidor. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são perdidos e desperdiçados por ano no mundo todo, o equivalente a 24% de todos os alimentos produzidos para o consumo humano. Essas estatísticas englobam toda a cadeia alimentar.

O que isso tem a ver com a minha empresa?

Mas esses milhões de toneladas de alimentos que o mundo “perde”, na realidade são perdas de empresas como a sua. Milhões de empresas no mundo todo fazem parte da cadeia alimentar e sofrem pelas perdas nas diferentes fases do processo, desde a produção primária no campo até o momento do consumo. Em muitos casos as perdas são tão grandes que as empresas não conseguem sobreviver a essa situação e acabam falindo.

Para não cair na cruel estatística, é importante saber as despesas que sua empresa terá que assumir. Além dos já conhecidos Custos Fixos, Variáveis, Diretos e Indiretos, existem os Custos da Qualidade que impactam diretamente no lucro da empresa e nas chances de sobrevida, que na maioria das vezes não é levado em conta.

Custos da qualidade

Os Custos da qualidade se dividem da seguinte maniera:

  Sendo os:

  • Custos do Controle de Prevenção: os gastos para evitar a produção de alimentos e/ou produtos defeituosos ou que possam prejudicar a saúde do consumidor. Por exemplo:
    • Inovação tecnológica;
    • Treinamentos;
    • Manutenção preventiva de equipamentos;
    • Desenvolvimento de sistemas de gestão de qualidade ou segurança de alimentos;
    • Identificação das necessidades dos clientes;
  • Custos do Controle de Avaliação: gastos para identificar alimentos e/ou produtos defeituosos ou que possam prejudicar a saúde do consumidor. Por exemplo:
    • Testes e inspeções nos materiais adquiridos e produtos fabricados;
    • Avaliação de estoque;
    • Teste de produção;
    • Áreas de refugo, retrabalho e seleção;
  • Custos de Falhas Internas: todos os gastos associados a algum tipo de erro no processo produtivo, seja ele devido a falhas humanas ou mecânicas. Por exemplo:
    • Retrabalho;
    • Descartes;
    • Re-testes;
    • Paradas de produção;
    • Esperas;
  • Custos de Falhas Externas: associados a falhas no produto ou alimento que já se encontram no mercado e são adquiridos pelo consumidor final. Por exemplo:
    • Atendimentos e reclamações;
    • Serviço de atendimento ao cliente;
    • Perda de produtos;
    • Perdas nas vendas;
    • Recolhimento;
    • Reposição para manter a imagem da organização;
    • Processos legais;
    • Multas.

É importante notar que quanto mais ações preventivas forem tomadas pela organização, menores serão os custos de falhas internas e externas.

 

Qual é o diferencial entre as empresas que atingem o sucesso e quem fica para trás?

Em um estudo realizado em 2017, o Sebrae Nacional apontou que 23,4% das empresas fecham as portas com menos de dois anos de existência. E esse percentual pode chegar a 50% nas organizações com menos de quatro anos. Ao abrir a empresa, alguns empreendedores não levantam informações importantes sobre o mercado como clientes, concorrentes e fornecedores, e mais da metade não realiza o planejamento estratégico antes do início das atividades.

As empresas que alcançam o sucesso são as que realizam um planejamento estratégico antes de começar as atividades e investem em um sistema de gestão preventivo para antecipar as falhas e problemas, reduzindo os custos da falta de qualidade.

Quer saber mais sobre qualidade dos alimentos? Assista nosso webinar Para que serve a ISO 22000 para segurança dos alimentos.

Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários!

Patricia Moyano

Formada em Microbiologia pela UNRC na Argentina, e apaixonada pela inocuidade dos alimentos. Diplomada em MBA de Negócios e Empreendedorismo pela UFJF-MG, Especialista em Segurança de Alimentos e auditora líder FSSC 22000 pela SGS Academy. Possui mais de 8 anos de experiência na gestão da qualidade e segurança dos alimentos.